quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A História da VARIG.

Fundada no dia 7 de maio de 1927 pelo oficial aviador da Força Aérea alemã Otto Ernst Meyer a Varig é a maior e mais antiga companhia aérea brasileira em atividade.

Mas a história da Varig está intimamente ligada ao nascimento da aviação comercial no Brasil. Suas origens datam de 1924, com a criação, na Alemanha, do Condor Syndikat pelo engenheiro e piloto Fritz Hammer, por Peter von Bauer e pelas empresas Aero Lloyd e Schlubach Teimer. O objetivo do Condor Syndikat era estabelecer a ligação aérea entre Estados Unidos e Colômbia, via América Central.

Em 1925, Hammer liderou uma viagem experimental entre a Colômbia e Palm Beach, na Florida, utilizando dois hidroaviões Dornier Wal, um dos quais tinha a matrícula D-1012 e era batizado "Atlântico". Além de analisar a viabilidade da rota, a viagem serviu como tour promocional da indústria aeronáutica alemã no Continente.

Com a criação da Lufthansa, em 1926, o Condor Syndikat encerrou suas atividades, renascendo em dezembro de 1927 como Syndicato Condor, representando os interesses da Lufthansa no Brasil, sendo o principal deles o estabelecimento da ligação aérea entre o Brasil e a Alemanha. Do Syndicato Condor nasceu a Cruzeiro do Sul. Na mesma época, Otto Ernst Meyer, oficial aviador da Força Aérea alemã, iniciou estudos para a criação de uma empresa aérea no Brasil, contando com o apoio de nomes influentes no Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Com a chegada ao Brasil do Dornier Wal "Atlântico", adquirido pelo Syndicato Condor, Meyer percebeu que seus planos estavam para se tornar realidade.

Dornier Wal - Atlântico - A primeira aeronave da Varig

A primeira reunião para discutir a criação da nova empresa aconteceu em 1 de abril de 1927, na Associação Comercial de Porto Alegre. Na mesma semana, um anúncio publicado pelos dez sócios-fundadores convidava novos acionistas a tomarem parte no empreendimento.

Donier Mercur

Em 7 de maio de 1927 foi realizada a primeira assembléia geral, com a participação de 550 acionistas, sendo eleito o corpo de diretores: Otto Ernst Meyer (Diretor Administrativo), Rudolf Cramer von Clausbruch (Diretor Técnico), Fritz Hammer, Major Alberto Bins (Diretor do Conselho Fiscal), e os Conselheiros Carlos Albrecht Jr., Max Sauer e o Barão von Duddenbrock. Do capital inicial da empresa, 21% pertenciam ao Syndicato Condor, valor representado pelo Dornier Wal P-BAAA "Atlântico" e pelo Dornier Merkur P-BAAB "Gaúcho". Em 1930, o Syndicato Condor retirou sua participação da nova empresa, transferindo-a ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Em 10 de maio de 1927 a Varig recebeu autorização para iniciar operações ligando cidades no Rio Grande do Sul e litoral de Santa Catarina, com possibilidades, após negociações com o Governo uruguaio, de expandir suas rotas até Montevidéu. A primeira rota da Varig, ligando as cidades de Porto Alegre e Rio Grande, conhecida como "Linha da Lagoa", ambas as cidades situam-se às margens da Lagoa dos Patos, foi inaugurada em 3 de fevereiro de 1927, com o Dornier Wal "Atlântico".

A saída do Syndicato Condor da sociedade, em 1930, fez com que a Varig buscasse apoio no Governo gaúcho para expandir suas operações. Este alugou à empresa um campo de pouso em Gravataí e liberou fundos para a construção de um hangar e para a a aquisição de novos aviões (quatro Junkers F-13, para o transporte de passageiros, dois Junkers A-50, para correio e cargas, e dois Klemm L-25, para treinamento de pilotos). Em 1931, três aviões foram adicionados à frota: um Morane-Saulnier MS-130, para treinamento; um monomotor de asa alta Nieuport Delage 641, com cabine fechada para 6 passageiros, e outro Junkers A-50. O A-50 voava regularmente entre Porto Alegre e Santa Maria, levando um único passageiro e malotes de correio.

Em 18 de abril de 1930, o Junkers F-13 P-BAAF (depois PP-VAF) voaria para a Varig pela primeira vez, seguido pelo P-BAAG (depois PP-VAG), tornando possível o aumento do número de cidades servidas, entre elas Livramento, Santa Cruz, Cruz Alta e Santana do Livramento. Em 1937 a Varig recebeu um Messerschmitt M20, para dez passageiros, e o vôo para Livramento foi estendido até Uruguaiana. Este avião foi utilizado até 1948. Em 6 de Julho de 1938, entrou em serviço um Junkers JU-52 (PP-VAL, "Mauá"), trimotor de fuselagem metálica, o maior avião na frota da empresa até então.

Com a II Guerra Mundial, as empresas aéreas que operavam aviões de fabricação alemã, como a Varig, passaram a sofrer com a falta de peças de reposição, o que forçou-as a uma renovação das frotas. No caso da Varig, foi adquirido inicialmente um bimotor biplano inglês DeHavilland DH89A Dragon Rapide (PP-VAN, "Chuí"), com o qual a empresa inaugurou seu primeiro vôo internacional, ligando Porto Alegre a Montevidéu.

DeHavilland DH89A Dragon Rapide

O DH89A tinha capacidade para oito passageiros e voou nas cores da empresa até 1945 (um exemplar deste tipo de avião encontra-se hoje exposto no Museu Aeroespacial, no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, cedido por empréstimo pelo Museu da Varig, de Porto Alegre). Em 1943 foram encomendados oito Lockheed L-10 Electra, bimotores de fabricação norte-americana. Finda a II Guerra Mundial, empresas de todo o mundo e do Brasil, entre as quais a Varig, incorporaram a suas frotas aviões provenientes do conflito, entre os quais o Douglas DC-3/C-47 e o Curtiss C-46 Commando.

Entre 1948 e 1949, a Cruzeiro realizou 30 vôos experimentais entre o Brasil e Estados Unidos (New York e Washington), utilizando dois quadrimotores Douglas DC-4. O investimento necessário para o estabelecimento da nova rota necessitava, no entanto, de apoio oficial, que foi negado. Sem condições de levar o projeto adiante, a Cruzeiro abandonou a idéia. Em 1950, o governo brasileiro reviu sua posição, decidindo incentivar o estabelecimento, por uma empresa aérea brasileira, da ligação entre Brasil e Estados Unidos, sendo a concessão dada à Varig em 1953.

Super Costellation

Foram adquiridos três quadrimotores Lockheed L-1049G Super Constellation e, em 2 de agosto de 1955, o primeiro vôo com destino a New York decolou do Rio de Janeiro, com escalas em Belém, Port of Spain e Ciudad Trujillo. Mais tarde a rota foi expandida em direção ao sul, iniciando-se em Buenos Aires. Na mesma época, o consórcio Real/Aerovias começou seus vôos ligando Buenos Aires, São Paulo e Rio de Janeiro a Miami e Los Angeles, iniciando-se acirrada competição entre o mesmo e a Varig. O consórcio optou por oferecer passagens a preços extremamente convidativos, abaixo dos recomendados pela IATA, enquanto a Varig investiu em uma maior qualidade de serviços, destacando-se o serviço de bordo.
Em 1945 Ruben Martin Berta o mais antigo funcionário da empresa, na qual começou a trabalhar desde os 19 anos. Em 1941, quando o Brasil tomou posição ao lado dos aliados, durante a II Guerra Mundial, Meyer, levando em conta sua origem germânica, decidiu renunciar à presidência da Varig, temendo possíveis dificuldades. Rubem Berta foi então eleito o novo presidente, dando um grande impulso ao crescimento da empresa. Tendo conquistado a lealdade e admiração de seusfuncionários, Berta procurou dar novos rumos à valorização do empregado e suas relações com o patrão.
Com tal propósito, aproveitando a Assembléia Geral, realizada em 29de outubro de 1945, sugeriu aos acionistas a transferência de metade das ações da Varig para uma fundação de funcionários, por ele mesmo idealizada.Foi então, a Fundação dos Funcionários da Varig que buscava uma maneira de evitar a estatização da Varig, e ao mesmo tempo promover aos funcionários, benefícios sociais inexistentes numa empresa tradicional. Ruben Berta era um adpeto da corrente do capitalismo social inspirado na encíclica papal Rerum Novarum, que alertava para os problemas do capitalism, como um abismo socialcada vez maior entre os ricos e os pobres. Com a fundação Berta faria da Varig uma empresa voltada para seus funcionários.

Até a morte de Berta em 1966, a fundação teve um papel secundário na administração da empresa, tamanha era a presença de seu presidente nas decisões estratégicas.

Atualmente a Fundação detém o controle acionário da Varig e suas subsidiárias, sendo sua administração constituída por um Presidente, um Vice-Presidente (eleitos por um Colégio Deliberante, formado por funcionários da Varig, a cada 5 anos) e um Conselho de Administração (formado por ex-membros do Colégio). Os membros do Colégio Deliberante são eleitos em Assembléia Geral, após indicação da Presidência. A Fundação oferece a seus funcionários e dependentes diversos benefícios, destacando-se a assistência médico-odontológica gratuita, refeições e hospedagem para férias com baixo custo, e empréstimos.

No ano de 1951, a Varig já servia a 14 cidades no Rio Grande do Sul, seis em Santa Catarina, seis no Paraná, além de São Paulo, Rio de Janeiro e Montevidéu. No ano seguinte, adquiriu o controle da Aero Geral - empresa que mantinha uma linha regular entre Rio de Janeiro e Natal, com escalas por cidades do litoral brasileiro -, e expandiu seus serviços rumo ao Nordeste, tornando-se uma das grandes empresas aéreas nacionais, ao lado da Vasp, Cruzeiro, Panair do Brasil e do consórcio Real/Aerovias. Na mesma época, passou a oferecer tarifas mais baixas para o transporte de cargas, obtendo um substancial aumento de sua parcela neste mercado. Em 1955, a malha de rotas domésticas da Varig atendia a 20 cidades

Em 8 de julho de 1960, a Real estendeu seu vôo de Los Angeles a Tóquio, com escala em Honolulu. Dificuldades financeiras levaram o consórcio a vender o controle acionário da Aerovias Brasil à Varig, que absorveu suas rotas para os Estados Unidos e Oriente.

Boeing 707

Os primeiros aviões a jato da Varig, 3 Boeing 707-441 com motores Rolls-Royce, que seriam utilizados nos võos internacionais, e 3 SE-210 Caravelle III, destinados às principais linhas domésticas, foram comprados no final de 1957. A demora na entrega dos 707 gerou um fato curioso: do final de 1969 a meados de 1980 eram operadas quatro freqüências semanais para os Estados Unidos, alternando-se, nestas, Super Constellation e Caravelle. Apesar de seu curto alcance, o Caravelle mostrou-se versátil nesta rota, operada a partir de Buenos Aires com escalas em São Paulo, Rio de Janeiro, Port of Spain e Nassau.
Um mês depois do início dos vôos foi criada uma quinta freqüência, desta vez com escala em Brasília. Os dois primeiros Boeing 707-441, PP-VJA e PP-VJB, chegaram ao Rio de Janeiro em 23 de julho1960, inaugurando a ligação nonstop entre Rio de Janeiro e New York dois dias depois. Em 18 de novembro 1961 foi iniciada, também com o 707, a linha Rio de Janeiro - Los Angeles com escalas em Lima, Bogotá e México

Competindo com a então poderosa PAN AM, a Varig saiu-se muito bem, com um serviço imbatível para a época. Mais tarde quando Lineu Gomes decidiu em vender a Real, sua companhia aérea, em 1961, procurou a empresa gaúcha. Incorporar uma empresa maior que a própria Varig não foi problema para Ruben Berta que, com isso, viu suas linhas para o exterior se espandirem para outras cidades norte-americanas e até para o Japão anos depois.

Em 1963 a Varig recebeu 3 Convair 990A e 3 Lockheed L-188 Electra II, inicialmente encomendados pelo consórcio Real/Aerovias, além de mais alguns Lockheed L-1049H, Douglas DC-3/C-47 e DC-6B. Dois anos mais tarde, com a falência da Panair do Brasil, a Varig assumiu suas linhas e aviões, recebendo 2 Douglas DC-8 e passando operar vôos para o continente europeu.

A controvertida falência da Panair em 1965 foi, talvez, o ponto mais obscuro da história da Varig. A empresa criada pela PAN AM e depois vendida para empresários brasileiros, gozava o prestígio entre os passageiros mas estava em decadência nos anos 60. Os laços de seus proprietários com os ex-presidente Juscelino Kubitschek eram mal vistos pelo governo militar. Por outro lado, a Panair tinha como principais destinos a Europa e algumas capitais sul-americanas, que interessavam a Varig e a Cruzeiro do Sul. Numa manobra polêmica,as duas empresas influenciaram o governo a decretar a falência da Panair para assumir as suas rotas. A situação foi tão inusitada que poucas horas após o anuncio do seu fechamento, a Varig já estava operando as linhas da ex-concorrente.

No ano seguinte Berta, viria a falecer em mesa de trabalho. Assumia então o carioca Erik de Carvalho ex-funcionário da Panair e que concluiu o processo de consolidação da empresa. Em homenagem a seu criador a Fundação passou a se chamar Ruben Berta.

Entre 1966 e 1968 dois novos destinos foram adicionados à rede da Varig: Zürich e Kopenhagen. Em 21 de Agosto de 1970 foi inaugurada a linha Rio de Janeiro - Johannesburg, com escala em Luanda.

Em 1971, a frota internacional da Varig era composta por 15 Boeing 707 e 1 Douglas DC-8. Nessa época, surgiram no mercado os primeiros jatos wide-body: O Boeing 747 e o McDonnell Douglas DC-10. Desejando atualizar-se com um equipamento capaz de manter os seus serviços no mesmo nível de suas concorrentes estrangeiras, a Varig optou pelo DC-10-30. O primeiro vôo para a Europa com o DC-10 foi realizado em 24 de junho de 1974, inaugurando-se os vôos com este avião para Nova York em 01 de julho de 1974.

McDonnell Douglas DC-10-30

O monopólio das rotas internacionais veio com a aquisição da Cruzeiro do Sul, em 1975. O curioso é que essa negociação não tinha a Varig como protagonista, mas sim, a VASP, que já dava como certa a compra da Cruzeiro do Sul e, por isso, oferecia um valor muito baixo do mercado. Os diretores da Cruzeiro resolveram, então oferecer a empresa à Varig que fez uma proposta muito melhor e saiu vitoriosa. Apesar de continuarem empresas distintas, foi feita uma racionalização de serviços entre ambas, para evitar, por exemplo, a superposição de rotas e horários. Em 1993 a Cruzeiro é inteiramente absorvida, passando sua frota de 6 Boeing 737-200 às cores da Varig e seus funcionários ao quadro desta última.

O serviço consagrado da Varig no exterior, somado à imagem ruim deixada pelas crises financeiras da Panair e da Real, motivaram a Ditadura Militar a dar exclusividade para a empresa gaúcha nas rotas internacionais. Um decreto do Governo federal, em 1976, obrigando os passageiros com destino ao exterior (exceto América do Sul) a efetuarem depósito compulsório em dinheiro,a ser reembolsado um ano após a viagem, fez com que a Varig tivesse seu tráfego internacional reduzido, sendo parcialmente compensada pelo aumento do demanda nos vôos domésticos ou com destino à Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai.

No dia 01 de julho de 1980 foi inaugurado o primeiro vôo com bi-reatores de grande porte: um Airbus A300B4 da Cruzeiro, já sob o controle da Varig, começou a operar entre Rio de Janeiro, São Paulo e Buenos Aires. Mais tarde, a Cruzeiro recebeu outro avião deste tipo e a Varig mais dois, passando os mesmos a ser utilizados nas linhas domésticas e em algumas linhas internacionais, como Caracas, Assunção e Miami.

Boeing 747-300

Em 1981 a Varig recebeu três Boeing 747-200, inicialmente encomendados pela Lybian Arab Airlines (forçada a cancelar a compra devido ao embargo comercial ao país). Estes aviões foram colocados na rota Rio de Janeiro - New York em 12 de fevereiro de 1981, operando mais tarde, também, para Paris e Frankfurt. A boa aceitação dos mesmos, aliada a sua grande capacidade de transporte, levou a Varig a adquirir mais dois 747, desta vez da série 300 Combi, no final de 1985, aos quais se juntaram outros três 747-300 full-pax, três anos mais tarde.

Nos anos 90 a Varig começa a modernizar sua frota, substituindo diversos tipos de aviões que outrora constituíram a linha de frente da Varig, como os Boeing 707 e 727-200, foram desativados (alguns 727 continuam a operar como cargueiros).

Também os A300 foram reexportados, visando-se à padronização da frota, que atualmente constitui-se apenas de aeronaves Boeing/McDonnell Douglas.

Para substituír os A300 e os 707, a empresa trouxe 6 Boeing 767-200ER, hoje bastante utilizados em rotas internacionais e linhas domésticas com alta demanda. No lugar dos Boeing 727 e dos lendários Lockheed Electra II na ponte-aérea, passaram a operar os Boeing 737-300, sendo a principal aeronave para percursos médios e curtos na frota atual da empresa.Os DC-10 foram aos poucos sendo substituídos pelos MD-11 e 767-300ER, e em 1991 a Varig aumentou sua frota de longo alcance trazendo o primeiro 747-400, ao qual somaram-se outros dois no ano seguinte. Os 747-400 tiveram uma curta carreira na Varig sendo retirados de serviço no ano de 1994.

Nesta mesma época, a Varig lançava novas linhas ao redor do mundo, como para Bangcoc, Hong Kong, Atlanta, Orlando e Washington, tornando-se mais participativa no âmbito internacional.

Em 1996 a Varig substituiu sua antiga programação visual que foi criada em 1955.

Em 1997 a Varig entra no StarAlliance, com a finalidade de integrar as malhas de vôos, sistemas de reservas e programas de milhagens da companhias associadas e estabelecer padrões de qualidade no atendimento a seus passageiros. Novos programas de incentivo ao turismo interno e à captação de novos clientes foram lançados, destacando-se o Voa Brasil, que oferecia descontos de até 50% em vôos domésticos noturnos, o que possibilitou que usuários do transporte rodoviário passassem a se ultilizar do transporte aéreo a um custo equivalente ao de uma viagem de ônibus leito. O Smiles, programa de milhagem do Grupo Varig, foi estendido à ponte aérea e aos vôos do programa Voa Brasil.

Com a crise econômica mundial que se desencadeou em 1997, a Varig foi obrigada a traçar novos planos para uma adequação rápida ao mercado. Iniciando um processo de racionalização da frota e malha de rotas, deixando de voar para alguns destinos deficitários. Aviões mais antigos foram desativados, em especial os Boeing 727-100 com configuração para passageiros. E mais recentemente alguns Boeing 737-200 estão sendo substituídos gradativamente pelos 737-300 e 737-700.

McDonnell Boeing MD-11

Os McDonneell Douglas DC-10-30 e os Boeing 747-200 e 747-300 foram substituídos pelos Boeing 767-200ER, 767-300ER e MD-11, este o maior avião da empresa atualmente.

As fortes ações de reestruturação adotadas pela companhia nas áreas operacional, organizacional e financeira para adequá-la ao dimensionamento do mercado, foram os pricipais fatores que permitiram à empresa reduzir custos e alavancar a receita nas linhas domésticas e internacionais, posicionando a companhia para um melhor desempenho no segundo semestre de 1999.

Atualmente, a frota para vôos intercontinentais e de alta densidade é composta de Boeing 767-200 e 767-300ER e MD-11, restaram apenas 2 DC-10-30, utilizados como cargueiros. Nos vôos domésticos e na América do Sul a empresa utiliza Boeing 737-200, 737-300 e 737-700, estando já encomendados alguns 737-800, ainda esta prevista a vinda de alguns Boeing 777.

Em 28 de janeiro de 2000, os acionistas da Varig, em Assembléia Geral Extraordinária na sede da Empresa em Porto Alegre, aprovaram mais um passo da reestruturação parcial das empresas do grupo, segundo proposta da FRB-Par Investimentos (holding recentemente criada para administrar os investimentos da Fundação Ruben Berta, controladora do grupo) sem alteração da composição acionária.

Com a reestruturação, foram criadas duas novas companhias: a VARIG Participações em Transportes Aéreos, que administrará os investimentos na Rio Sul e na Nordeste, e a VARIG Participações em Serviços Complementares, que será responsável pela administração dos investimentos nas empresas Companhia Tropical de Hotéis e a SATA ( Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo ), dentre outras.

Na ocasião, foram eleitos os Conselhos de Administração das duas companhias, sendo escolhidos para a VARIG Participações em Transportes Aéreos os senhores Ozires Silva como presidente, Joaquim Fernandes dos Santos como vice-presidente. E para a VARIG Participações em Serviços Complementares, Luiz Carlos Vaini como presidente e Luiz Zitto Barbosa como vice-presidente.

A Varig voa atualmente para 26 cidades em 18 países pelo mundo e serve, no tráfego doméstico 35 cidades pelo Brasil, incluindo o movimento das empresas ligadas ao Grupo Varig, como a Rio-Sul a Nordeste e a Pluna

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